Devo contar que gosto dele ou não?
04 agosto
Bem meninas, todas vocês que acompanham o blog sabem que eu amo o Depois dos Quinze, e eu não me importo de jeito nenhum de reblogar os textos de Bruna(só paro se ela me proibir, rs), meu Deus, são maravilhosos e eu definitivamente acho que vocês merecem ler essas pérolas. Vamos conferir mais um deles?
Aí está você, mais uma vez, bisbilhotando o perfil dele no facebook. Não
adianta fechar a aba agora, viu? Eu nem vou te julgar porque sei que a
culpa não foi sua e a foto apareceu logo na página inicial, ali do ladinho. A
visita foi inevitável. Aliás, precisamos ter uma conversa séria com o
senhor Mark Zuckerberg depois. Quem ele pensa que é para colaborar tanto
assim com o stalkcídio? Mas isso é assunto para um
próximo texto. Agora vamos falar sobre esse sentimento que você guarda aí
dentro a sete chaves. Ou talvez você até já tenha contado para alguém. Tipo
suas melhores amigas – pelo menos um milhão de vezes. Uhum. Entendi tudo. Ele é
o assunto da maioria das suas conversas e não faz a menor ideia disso?
Parabéns, você está apaixonada!
Para gente comemorar, sabe o que eu trouxe de presente? Conselhos.
É impressionante como as pessoas adoram dar conselhos quando o assunto é
amor platônico. Acho que é porque todo mundo já passou por isso um dia, e os
diferentes desfechos de cada relacionamento (ou quase isso) fazem com que as
pessoas acreditem e defendam suas teorias até a morte. Não querendo te
desanimar, mas seguir a risca o que dizem não garante nada, viu? Porque embora
seja uma situação parecida, você é uma pessoa diferente e ele também. Não é meteorologia.
É impossível prever exatamente o que o outro sente.
Uma perspectiva diferente ajuda, clareia, mas no final das contas a
nossa bússola é mesmo aquele órgão bonitinho que (simbolicamente) nos ensinam a
desenhar quando ainda somos criança e não fazemos a menor ideia do quão
complicado essa coisa toda pode ser.
Onde eu estava mesmo? Ah, tá...
A base do amor platônico (aquele que nem chega a ser não correspondido,
pois a pessoa não faz ideia do sentimento) é a insegurança. O excesso dela,
para falar a verdade. Porque a paixão deixa a gente naturalmente inseguro, né?
Mas na proporção certa, me arrisco em dizer, é saudável. É o que movimenta
qualquer relacionamento e o torna interessante. O problema é quando esse
sentimento nasce com força total antes de tudo começar. Antes mesmo da própria
pessoa ter certeza do que sente. É aí que começa a confusão.
Será que eu gosto? Será que estou confundido as coisas? Será que eu
tenho alguma chance?
E a cada novo “será”, algo se perde dentro da gente. Um pouquinho da
personalidade. Um pouquinho do senso de humor. Quase toda a coragem. Como o dia
tem 24 horas e em muitas delas o cérebro não tá ocupado com algo importante, lá
vamos nós nos questionarmos mais uma vez. Vira um vício. Tudo vai se
transformando em pura idealização. Convenhamos, imaginar como seria é muito
mais confortável do que dar a cara a tapa e arriscar.
E então, quando ele pergunta se tá tudo bem, a vontade é de dizer:“Não,
eu não estou bem. Não dormi direito noite passada porque você saiu com ela. Eu
sei disso porque sexta li vocês combinando no facebook. Vi as fotos no sábado.
Domingo eu disse que não pensaria nisso, que começaria aquele livro, mas o
personagem principal também me lembrou você. Droga!” ou “Não, eu não estou bem
porque você escuta aquela música pensando nela e eu escuto pensando em
você.
E foi eu que te apresentei a banda.” ou “Não, eu não estou bem
porque você é lindo-cheiroso-engraçado e está muito perto, mas não perto o
suficiente.”
E dizemos apenas: “Sim, e você?”.
A bola de neve vai descendo ladeira a baixo e só aumentando. Não tem
como fugir de algo que tá dentro da gente mesmo, né? Então, só nos resta
assumir ou esquecer de vez. Falando assim parece que existem duas opções
distintas, mas ó, acho que a gente só consegue esquecer alguém de vez quando
chega no limite.
E o limite nunca é nem tentar.
Essa tal tentativa pode acontecer de infinitas formas. Se você não
estiver na quinta série, aconselho que a declaração não aconteça de uma vez só
e durante o intervalo. Se você estiver, tudo bem, eu fiz isso (só para constar,
o menino riu da minha cara, virou as costas e continuou andando).
Das poucas certezas que tenho, uma delas é a de que os sentimentos não
nascem só com palavras e promessas. É preciso cultivá-lo no outro. Plantar
a sementinha, sabe? Deixar que ele te conheça e se envolva aos pouquinhos.
O amor é lindo, mas quando servido e entregue de uma vez só em uma
bandeja, assusta qualquer um. Sem contar que nesse meio tempo você pode
aproveitar para ter ainda mais certeza do que sente. Se é que isso é possível.
Tenha paciência com os corações confusos. Se for o caso, já adianto,
você não irá substituir ninguém. Essa palavra não funciona muito quando estamos
falando de amores. Tire isso da cabeça antes que as comparações comecem e te
façam desistir aqui, nesse parágrafo, tão perto do fim. Tão perto do começo.
Quando o cara perceber, caso (sem querer) você deixe escapar um
pensamento entre uma gargalhada e outra ou algum amigo engraçadão diga o que já
está óbvio para todos, esse texto se transformará em baboseira pura.
O motivo? Sentimento não se conta, se demonstra.
1 comentários
Que lindo seu blog e a força de incentivo é oque precisamos amei flor!
ResponderExcluirSeu comentário precisa ser aprovado.